A atual situação do país tem deixado os profissionais inseguros e apreensivos. Os fantasmas rodam as mentes inquietas, passeando entre o pânico do desemprego e a ansiedade na busca de um novo desafio. Para os mais ansiosos essa instabilidade mata pelo cansaço. Frases como: “Vamos esperar a crise passar”, deixam a agonia da incerteza. Quando vai passar? Como vai passar? Parece que ainda estamos no meio dessa tal “novela mexicana” da crise… Descobertas diárias de corrupção, troca de governo, preços em disparada e um senado que definitivamente não se entende, são alguns eventos que têm deixado as esperanças, na UTI. No meio disso tudo é tempo que passa, passa e lá se foi um ano inteirinho, só falando em crise! E a vida profissional, como ficou? Nenhum profissional passou os últimos dezoito meses, sem aquele “frio na barriga” que qualquer situação desconhecida dá ao ser humano! Convenhamos, muito dessa situação, também é efeito colateral do terrorismo que os meios de comunicação promovem! Aquela velha historia – Dá mais Ipobe falar em crise e desgraça…
Rotina na minha atividade é abordar profissionais colocados e convida-los para oportunidades em clientes, o conhecido hunting. Acho graça das diferentes reações que os profissionais têm com o cenário: Novo x Crise. Alguns vão logo dizendo que não é o momento de trocar de emprego, pois o mercado está muito instável, já outros estão ansiosos por colocar suas idéias e teorias em pratica. No lado oposto desta mesma via, também assisto muitos clientes se perguntando se seu funcionário vale toda a remuneração que lhe é paga. Neste contexto, houve a oportunidade para o empresário oxigenar, olhar para o mercado e buscar outras soluções. Na busca é claro que os perfis são longos, com muitas exigências, e chamavam atenção pela diferença salarial que tem com o antigo ocupante do cargo. Menor, claro! Perguntam-me sobre as “trocas”, se o balanço geral foi mais positivo ou negativo, digo que em sua maioria não decepcionaram, pois com todo esse movimento do mercado profissional, há uma grande oferta de bons candidatos. Chama atenção que agora o contratante está preocupado em remunerar com foco no resultado que o profissional lhe traz.
Realmente o ser humano é uma admirável incógnita. Não é de agora que ouvimos dizer que é com a crise que surgem as grandes descobertas e são vencidos os grandes desafios. E quando falo em desafio neste caso, penso em pelo menos duas vertentes: dentro das organizações ou ousando no mundo arriscado do empreendedorismo. Entre “mortos e feridos”, foi fácil observar dos bastidores que no fim, houve muita coisa boa acontecendo no último ano. Profissionais assumindo novos desafios após o susto da demissão, desempregado virando empreendedor de sucesso e até aqueles que bateram asas, foram se aventurar pela terra do Tio Sam e acabaram ficando por lá. Digo sempre, sem medo de ser chamada de otimista alegre, “não tem como fazer omeletes, sem quebrar ovos”. Sair da zona de conforto pode ser doloroso agora, mas só o movimento, trás mudanças e acreditem, elas podem ser muito boas!
Continuando no tema “bom”, muitos profissionais decidiram fazer movimentos dentro das próprias empresas. Seja por medo da demissão ou sede do crescimento. Vale lembrar algumas dicas para quem esta nesse barco:
- Não deixe escapar pelos dedos aquela grande oportunidade pelo medo do desconhecido;
- A falta do inglês já tirou muitos bons candidatos de processos externos e internos. Se ainda não tem inglês, mexa-se, ou vai entrar nessa lista;
- Paralelo ao seu conhecimento prático deve seguir um pouco da boa e velha teoria! Mantenha-se atualizado! Leia, estude, conheça novos pontos de vista… Nunca é tarde para voltar a ser aluno;
- Ótimo, se você esta 15 anos na mesma empresa, mas você realmente evoluiu e fez evoluir? Oxigenar é fundamental;
- Dar e receber feedback, acho incrível, alguns profissionais tem dificuldade em ter uma boa conversa com seus gestores. Isso não é um bom sinal e exige reflexão.