As diferentes gerações no mercado de trabalho: como lidar com essa diversidade?

Os conflitos no ambiente de trabalho sempre existiram. Principalmente pela interdependência, ou seja, quando algo no seu processo depende de outra pessoa e não é realizado da forma que gostaria ou pela incompatibilidade de objetivos ou comportamentos, mais comum entre pessoas com diferentes personalidades ou gerações. Afinal, como lidar com essa diversidade das gerações no mercado de trabalho?

“Em primeiro lugar, é preciso lidar com as diferenças. São diferentes formas de pensar, se expressar e trabalhar. E são essas diferentes realidades que fazem uma equipe mais criativa e preparada. Cada profissional com sua personalidade e hábitos”, comenta Fabiana, diretora da Vipper Talentos.

As gerações e o mercado de trabalho

Nunca se teve um ambiente empresarial com tantas gerações juntas. Hoje, encontramos profissionais de quatro gerações muito distintas, trabalhando lado a lado: os Baby Boomers, a geração X, a geração Y ou millennials e a geração Z.

E como os líderes e as empresas lidam todas essas gerações e suas particularidades?

Primeiro, é preciso conhecer a fundo cada geração e compreender seus comportamentos. Cada um viveu, cresceu e adquiriu experiências de uma forma distinta. O maior desafio é gerenciar a harmonia entre públicos tão diferentes. Vamos entender um pouco mais sobre:

Baby Boomers: os mais experientes no ambiente de trabalho

A geração dos Baby Boomers é composta por pessoas que nasceram entre 1940 e 1959, ou seja, têm entre 62 e 81 anos. Muitos deles já estão aposentados, mas alguns seguem dentro de organizações e trazendo importantes contribuições para o time.

O termo “baby boom” surgiu pelo crescente índice de natalidade da época, no fim da segunda guerra mundial. A principal característica do comportamento dessa geração é a valorização do trabalho árduo, pesado. Profissionais com grande foco em resultados e comprometidos com a estabilidade, embora pouco criativos. Nem sempre a internet e o celular foram ferramentas para o seu dia a dia. Nasceram em uma época que nada disso existia. Até hoje há alguns ainda pouco familiarizados com tanta tecnologia e informação.

Como profissionais, dificilmente mudam de emprego. São fiéis. Como já possuem experiência grande, em geral, tem sua carreira consolidada e costumamos encontrá-los em cargos estratégicos e de confiança.

Geração X: equilíbrio profissional e pessoal

Composta por pessoas que nasceram no período entre o início dos anos de 1960 até o final de 1970, ou seja, hoje têm entre 51 e 61 anos de idade. Viveram uma época com grande revolução cultural, por isso são empreendedores natos e independentes. Iniciaram a carreira junto aos primeiros avanços da tecnologia.

Como profissionais, são comprometidos e buscam uma carreira sólida e estável. Assim como os baby boomers, são fiéis à empresa e não costumam mudar de emprego. Anseiam por um crescimento dentro da organização. São habituados a seguir rotinas e podem ser individualistas.

Hoje estão próximos da aposentadoria. Por isso, buscam equilíbrio na vida profissional e pessoal.

Geração Y ou Millennials: os “cringe” e a criatividade

A Geração Y, também conhecida como Millennials e, mais recentemente, como a geração cringe. São aqueles nascidos por volta de 1980 até 1994, com idade entre 27 e 41 anos. As pessoas que conviveram com o maior “boom” da evolução tecnológica. O surgimento da internet, dos telefones celulares, da internet das coisas. O mundo deles é marcado pela globalização e crescimento acelerado do consumo.

Por serem filhos da Geração X, desde cedo, foram superestimulados para a realização de múltiplas tarefas. Por isso, se tornaram profissionais mais completos e habilidosos, que fazem o uso da tecnologia como principal ferramenta no seu dia a dia.

Comumente, não gostam de posições na baixa hierarquia, buscam cargos de liderança, altas posições na escala da organização e reconhecimento profissional. São criativos, atuam com inovação e desafio. Não são tão fiéis a um emprego, buscam a quebra de rotinas, salários compensadores e prestígio acima de tudo.

Geração Z: os nativos digitais e mais novos no mercado

A Geração Z é formada por pessoas nascidas entre 1995 e 2010, ou seja, com idade entre 26 e 11 anos. São os mais jovens do mercado de trabalho. Boa parte dessa geração nem sequer começou a busca por uma oportunidade de emprego. Desta forma, pouco ainda se sabe sobre o impacto deles no mercado.

Já nasceram mergulhados e conectados, por isso, são chamados de nativos digitais. Eles não sabem o que é um mundo sem internet. Tudo está na palma das mãos.

São desprendidos e muito pouco fiéis a uma empresa. Buscam experiências, crescimento e aprendizados. Hoje, em um mundo com pandemia, são os principais defensores do home office e também de empregos informais. Podem apresentar dificuldades para lidar com rotinas, burocracias e até mesmo com o trabalho em equipe. Apesar de terem muitos contatos virtuais, “ao vivo” nem sempre são bons ouvintes.

Como lidar com as diferentes gerações no mercado de trabalho

Claramente, nem sempre é fácil lidar com as diferenças, principalmente entre perfis tão distintos em seus hábitos e comportamentos. Sobretudo, Fabiana, diretora da Vipper Talentos, indica algumas pequenas atitudes que podem facilitar o processo:

1. Promover ações de integração entre as equipes, possibilitando troca de experiências e momentos para que todos possam se conhecer.

2. Incentivar o respeito e a transparência dentro da organização.

3. Promover treinamentos e capacitações comportamentais para melhorar os relacionamentos dentro da organização.

4. Desenvolver planos de carreira e incentivos personalizados para cada cargo e perfil.

5. Estimular a comunicação, a troca de ideias, opiniões e conhecimentos entre os funcionários.

6. Identificar as melhores oportunidades e tarefas para cada perfil. Adequando rotinas e proporcionando um ambiente mais amigável para todos.

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