Seu impacto na sociedade e a força das mulheres!
Há muito tempo as mulheres lutam por igualdade e espaço. Seja na conquista pelo direito ao voto ou na possibilidade de serem donas do seu próprio negócio. Diante disso, o empreendedorismo feminino tem ganhado força. Hoje, mais de 30 milhões mulheres brasileiras são empreendedoras, segundo dados do Global Entrepreneurship Monitor. O número equivale a quase metade do mercado empreendedor (48,7%). São dados animadores, que reforçam a importância do debate sobre o tema neste dia 19 de novembro, data em que celebramos o Dia Internacional do Empreendedorismo Feminino.
O dia do empreendedorismo feminino
Em 2014, a Organização das Nações Unidas (ONU), criou uma data com a ideia de atrair a atenção do mundo para o impacto econômico e social do Empreendedorismo Feminino, fortalecendo o protagonismo da mulher. Assim surgiu o Dia do Empreendedorismo Feminino, atualmente celebrado no dia 19 de novembro.
E você, já parou para pensar sobre a importância do empreendedorismo para as mulheres?
Sem dúvidas, o movimento de mulheres empreendedoras tem provocado transformações no mercado de trabalho, trazendo inovação, oportunidades e abrindo portas para a diversidade. O empoderamento feminino é a bandeira do momento. Através do empreendedorismo, mulheres tem cada dia mais voz e vez, oportunidades de liderar equipes e claro, escrever sua própria história profissional e pessoal.
“As mulheres se tornam a cada dia mais protagonistas da sua história. É incrível ver que os números estão em ascensão e há muito apoio. A tradicional frase que o lugar de melhor, é onde ela quiser, vem ganhando cada dia mais espaço”, elogia Fabiana, diretora da Vipper Talentos.
Cenário na pandemia para as mulheres
A crise econômica provocada pela pandemia da Covid-19 atingiu de forma praticamente indistinta os empreendedores brasileiros, sejam homens ou mulheres. Sobretudo, mesmo diante do cenário de pandemia, só em 2020 o número de mulheres empreendendo cresceu 40%, de acordo com a Rede Mulher Empreendedora.
Esse aumento expressivo do número de mulheres empreendedoras na situação atual pode ser um reflexo da necessidade por oportunidades. Salários muitas vezes menores, a perda de emprego, as dificuldades para conciliar trabalho e os cuidados de filhos com as escolas fechadas. Esses são alguns dos motivos que fez o público feminino abrir seu próprio negócio como uma possibilidade de garantir renda e o sustento da família.
“Infelizmente, esses dados trazerem à tona reflexos do preconceito vivido por mulheres no mercado de trabalho, sobre a obrigação com a criação dos filhos e os cuidados com a casa, e ao mesmo tempo, trazem esperança por observarmos a resiliência e a transformação. Quando um problema se transforma em oportunidade, é isso que tem acontecido com muitas mulheres”, comenta Fabiana.
O que o perfil feminino tem a ensinar no empreendedorismo?
Sem dúvidas, as mulheres têm a capacidade de se destacar quando falamos sobre o resiliência e empreendedorismo. Dados apresentados por uma pesquisa do Sebrae, realizada em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), em 2020, revelam que as mulheres empreendedoras demonstraram capacidade de se adaptar mais rapidamente diante das medidas de isolamento social, utilizando mais as vendas on-line e ofertando mais produtos e serviços que os homens na mesma posição.
As mulheres apresentam também mais capacidade de adotar estratégias de inovação durante a pandemia. Os resultados da pesquisa apontam que 11% das empreendedoras entrevistadas afirmaram ter inovado em seus negócios em 2020, enquanto 7% dos homens declararam ter feito alguma mudança voltada à inovação.
O estudo reforça ainda que as mulheres são mais conectadas no mundo on-line, com objetivo de aproveitar as oportunidades trazidas com a tecnologia e as redes sociais. Apresentam resiliência, têm visão mais humanizada do negócio e optam por mudanças de estratégias com criatividade, se mostrando abertas ao crescimento.
Desafios enfrentados pelas mulheres empreendedoras
Sem dúvidas, o empreendedorismo exige inúmeros desafios. Profissionais focam com determinação, coragem e inovação para fazer seu negócio crescer e prosperar. No entanto, algumas dificuldades no caminho são frequentes. Para as mulheres, as mais apontadas são:
1. Dupla jornada
Dados da Rede Mulher Empreendedora (RME) mostram que 53% das empreendedoras brasileiras são mães. A maioria busca horários flexíveis que permitam conciliar a vida profissional com as tarefas domésticas e o cuidado dos filhos, que geralmente uma responsabilidade da mulher. É um enorme desafio conciliar a dupla jornada, mas é possível. Com a divisão de responsabilidades em casa e a gestão do tempo, é possível organizar a vida pessoal e profissional.
2. Preconceito
Ainda há diferenças nas oportunidades para homens e mulheres no mercado de trabalho. Muitas mulheres se tornam empreendedoras também devido ao pouco espaço em cargos de liderança no mercado tradicional. Apesar de muitas empresas estarem na contramão desse tema, ainda é uma barreira enfrentada.
3. Falta de incentivo
Em geral, enquanto os homens empreendedores apontam a liberdade como principal motivo para abrir seu negócio, as mulheres se tornam empreendedoras por necessidade, para complementar a renda ou alcançar a independência financeira. Mulheres enfrentam assédio e preconceito e podem ser reprimidas de buscar sua independência profissional e financeira.
4. Autoconfiança
Para algumas mulheres, o medo de falhar pode ser um empecilho para entrar no mundo dos negócios. O medo de errar aterroriza muitas pessoas e impede o crescimento. No entanto, a falha deve existir para todos os empreendedores. Errar é um fato. Desistir é uma escolha.
Tem alguma amiga empreendedora?
Apesar dos desafios, muitas mulheres estão fazendo a diferença no mundo e na sua história. Mulheres empreendedoras geram ciclos de melhoria e reinvestimento não só no próprio negócio, mas também na sua família, na comunidade onde vive e apoiando outras mulheres. Por isso, não esqueça de elogiar, apoiar e incentivar mulheres empreendedoras que estão a sua volta.
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